Resenha de O Ultimo Robô do Mundo. Maria Freitas, segundo conto da coletânea: Espectros de Roxo e Cinza.
Resenha: Nikki;
Revisão: Ravi P.
O conto: O último robô do mundo foi lançado no dia 10 de Maio de 2021, mais uma produção da escritora Maria Freitas. Conta a história da personagem principal Sombra que vive em um mundo que foi destruído por causa da guerra e da própria incompetência dos humanos ao cuidar do planeta. Sem adultos, ela convive com outras crianças e luta todos os dias para sobreviver.
Depois que ela rouba um objeto dos garotos que moram em uma lataria, ela é perseguida e se esconde em um galpão que é habitado por um robô chamado T240 que vive há muitos anos e estava prestes a pifar. Ela e o robô passam a viver juntos e os dois passam a aprender sobre o que é a esperança e a perseverança.
E esse é o ponto alto e mais incrível do livro, pois ela aprende com o T240 que não há nada de ruim em ser diferente e isso faz com que a mente dela mude e passe a clamar por mais dias melhores. Mesmo sendo uma distopia, a autora abordou muito bem a questão de gênero e sexualidade, indicando a assexualidade e não-binariedade da personagem, costume que os livros de distopia não têm no geral.
É um conto que nos ensina que devemos respeitar a nossa individualidade, principalmente a nossa assexualidade, pois nesse mundo onde a alossexualidade e a alorromanticidade são ditas como a norma, aces e aros sofrem repressões todos os dias ao ponto de muitas vezes renegarem a nossa própria identidade para se adequar.
Esse livro nos fala sobre como é importante ter orgulho de quem você é. Como disse a própria autora: “Esse livro é para todos os estranhos” e acrescento: Esse livro é para todos os estranhos, para todos aqueles que não se adequam à norma vigente.
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