Escrito por Ravi P.; Revisado por Calisto M. F.
Pode parecer estranho, mas muitas pessoas não sabem o motivo de junho ser considerado o mês do orgulho LGBT+. Muitas outras até desconhecem o “mês do Orgulho”. E eu quero dizer pessoas lgbt que não conhecem um pedaço da própria história.
É muito importante, desde já, expor a presença e importância de figuras transgênero e drag queens, não só naquele momento, mas em toda a luta e causa queer.
A revolta de stonewall é muito conhecida, apesar de ser pouco contada a fundo e, algumas vezes, até esquecida em comemorações do mês de junho.
Nós sabemos como ser queer hoje em dia é difícil e como podemos acabar sendo colocades em situações perigosas para nossa saúde e integridade mental e física, mas quando voltamos algumas décadas, a situação de pessoas LGBTQIA+ era mais explicitamente perigosa e complicada.
Com muitas leis que impediam as pessoas até mesmo de se vestirem da forma como se sentiam mais a vontade, nos Estados Unidos, até mesmo usavam de parâmetros legais para determinar se uma pessoa estava de acordo com a norma imposta social e legalmente – por ex, usando pelo menos três peças de roupa “apropriadas” ao gênero associado a genital da pessoa.
Com isso e com as leis mais rígidas sobre o consumo alcoólico, não foi difícil que entidades ilegais – nesse caso, a máfia – tivessem a brilhante ideia de criar um espaço voltado a esse público. Com preços exorbitantes e uma estrutura não muito agradável, o bar de Stonewall se tornou um lugar seguro para LGBT+s de toda a cidade de Nova Iorque.
Usando de subornos, a máfia impedia que a polícia fizesse batidas nas proximidades do estabelecimento ou em horários de pico e cobrava até 5x mais pelas bebidas vendidas ali dentro. Mesmo assim, ainda era a melhor opção do momento.
Mas no dia 28 de Junho de 1969 tudo mudou. A polícia ignorou o acordo ilícito com a máfia e decidiu aplicar as leis que eram contra a existência e expressão de pessoas que fugiam da cisheteronormatividade.
A polícia apareceu naquele dia no horário mais movimentado, entrando no bar e ameaçando prender quem trabalhava ali, alegando venderem bebidas ilegais, e quem frequentava o local por não “se vestirem de maneira apropriada a seu gênero”. Diferente do esperado pela polícia, a reação foi violenta: o público usava quaisquer objetos disponíveis para se defender dos ataques.
Mesmo em uma situação de desigualdade de força bélica, a clientela de Stonewall não aceitou que a polícia destruísse um dos únicos, senão o único, lugares seguros para se expressar da cidade. E assim a revolta se iniciou.
É importante frisar que essa revolta foi protagonizada por pessoas trans e Drag Queens presentes. Um nome muito importante e que não deve ser esquecido é da Drag Queen e mulher trans negra Marsha P. Johnson. Nascida em 1945, Marsha se tornou uma figura relevante no ativismo em prol da comunidade LGBT+.
Outros nomes, porém, também podem ser citados e devem ser lembrados na comemoração do mês e do dia do Orgulho LGBTQIAP+ e um deles é Sylvia Rivera, uma pessoa trans, latina e Drag Queen que participou da liderança da revolta ao lado de Marsha.
Até hoje não se sabe quantas pessoas foram feridas e ninguém sabe explicar com detalhes como tudo aconteceu, mas uma coisa é certeza: aquela revolta não foi um caso isolado.
Um ano depois, em 1970, uma comemoração foi feita celebrando um ano da revolta e, assim, iniciando a tradição de paradas LGBT+ em junho e a comemoração do dia do Orgulho LGBT+ no dia 28 desse mesmo mês.
Olá
Eu sou a Snódya e gostaria de saber qual é o mês e data concreta do orgulho aroace
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O Dia Internacional da Assexualidade é em 06 de abril, porém existem outras duas datas que celebramos a assexualidade e a arromanticidade: a Ace Week (Semana da Visibilidade Assexual) e a Aro Week (Semana da Visibilidade Arromântica). A Ace Week é sempre a última semana de outubro e a Aro Week é sempre a última semana de fevereiro.
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