De uma assexual aos arromânticos

Texto por: Laura Marques

Sendo sincera, as pessoas arromânticas são quase como os melhores amigos dos assexuais dentro da comunidade LGBTQIAP+. Por que digo isso? Bom, tenho uma amiga que é arromântica e certa vez conversamos sobre a falta de visibilidade desses dois espectros. Para muitos isso é coisa de gente “desocupada”. Você entra nas redes sociais e poucos comentam sobre a arromanticidade. Muitos julgam como errado. Adivinha? Não é. Nem todo mundo gostaria de estar casado com uma pessoa para ser feliz ou estar apaixonado para ser feliz. Existe outros tipos de amor e paixão.

Tenho em mãos dois livros que abordam esses temas que são “Eu vos declaro, Aro” e “Sem amor”. A conclusão que pude tirar é que tanto os assexuais e quanto os arromânticos são deixados de canto e subestimam o quanto podem ser feliz sem estar tendo relações sexuais ou relações românticas.

Porém, não poderia dizer que são todos iguais porque senão fosse isso não seria chamado de espectro. Os arromânticos tem sua maneira de sentir paixão, mas não é como os demais. E não é impossível ter um relacionamento sendo arromântico, certo? Só que isso não é regra, e isso abre horizontes. Já vi relatos de pessoas que namoram sendo arromânticas e, sinceramente, é confortante de certa forma. É como se eu estivesse diante de um melhor amigo contando seus maiores segredos.

Acho belo a forma que cada pessoa enxerga o amor sem ser romântico. E tá tudo bem, não é? Afinal, espectro significa diversidade (para mim). É quase como preparar uma receita de bolo só que com detalhes diferentes. No final, acaba sendo um bolo delicioso.

O que posso dizer, sendo uma pessoa hétero e assexual, que se sente de certa forma excluída dentro da comunidade, é que arromânticos são minha “comfort person”, da qual posso sentar e tomar café e desfrutar de uma boa conversa sobre as diferentes formas de amar e se apaixonar.


Palavras da autora:

Olá, meu nome é Laura, sou autista, sou hétero e assexual. É minha primeira vez participando desta exibição de textos da página Aroaceiros e confesso que estou um pouco ansiosa. Quis escrever algo vindo de mim, uma assexual, aos arromânticos, porque acredito que ambos precisem dar as mãos pela mesma causa: respeito. Estudo Psicologia e apesar de não ser a aluna que mais fala em sala, quando o assunto aroace é abordado (o que não é com frequência), fico muito feliz pela visibilidade.

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